Não fique pela metade. Vá em frente, minha amiga. Destrua a razão desse beco sem saída.
Dores que ninguém nunca sentiu é o sentimento mais comum. Já vi o fim do mundo algumas vezes e na manhã seguinte tava tudo bem...
Cento e dez, cento e vinte, cento e sessenta... só pra ver até quando o amor aguenta.
Se tudo passa, talvez você passe por aqui e me faça esquecer tudo que eu fiz.
E um erro assim tão vulgar, nos persegue a noite inteira...
O que você me pede eu não posso fazer. Assim você me perde e eu perco você... Como um barco perde o rumo, como a árvore no outono perde a cor.
Mate amargo, noite adentro, estrada estranha... O maior esconderijo, a maior escuridão já não servem de abrigo, já não dá proteção.
Que a chuva caia como uma luva, um dilúvio, um delírio. Que a chuva traga alívio imediato.
Pra ser sincero não espero que você minta. Não se sinta capaz de enganar quem não engana a si mesmo.
Pra ser sincero não espero que você me perdoe, por ter perdido a calma, por ter vendido a alma ao diabo.
Um dia desses, num desses encontros casuais, talvez a gente se encontre, talvez a gente encontre explicação. Um dia desses, num desses encontros casuais, talvez eu diga, minha amiga, pra ser sincero, prazer em vê-la, até mais.
Mas ei mãe, alguma coisa ficou pra trás. Antigamente eu sabia exatamente o que fazer.
Pois agora lá fora São Paulo é uma ilha... a milhas e milhas e milhas de qualquer lugar.
Corpos em movimento, universo em expansão. O apartamento que era tão pequeno não acaba mais. Vamos dar um tempo, não sei quem deu a sugestão. E aquele sentimento que era passageiro não acaba mais. Quero explodir as grades e voar. Não tenho pra onde ir, mas não quero ficar.
A despedida seria até logo mais...
Solidão a dois.
A medida de amar é amar sem medida. Velocidade máxima permitida.
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